MEDIFÍSICA - Vila Verde

Cláudia Rodrigues

Dirigi-me ao Centro Medifísica para realizar sessões de fisioterapia por disfunção da articulação temporo-mandibular (uma patologia que afeta a cara, pescoço e ombros) e este foi o pior atendimento que já tive. O meu caso clínico foi completamente desvalorizado e fui maltratada, assim como a minha mãe.
Este centro começou logo por me dar informações erradas, dizendo que o tempo MÍNIMO de espera era 1 mês. Tendo em conta o que me foi dito, e tendo-me surgido outras condições de saúde, tentei resolver tudo em julho (antes de iniciar a fisioterapia, aparentemente, em agosto).
Ligaram-me 1 semana após a minha inscrição e fui informada que só poderia faltar duas vezes, seja justificada ou injustificadamente, senão voltaria para a lista de espera. Informei que necessitava de faltar por questões de saúde graves, nomeadamente a extração de um dente do siso complicada e a execução de um exame do sono (com dois dias de duração, internada no hospital) e que não saberia como seria, em setembro, pois a minha disponibilidade muda todas as semanas, infelizmente.
No centro, fui informada que poderia fazer sessões mesmo tirando o dente do siso (lembrando que a fisioterapia teria como alvo a minha cara). Após a extração do dente, dirigi-me a este centro com um relatório médico, que comprovava a impossibilidade de fazer as sessões, o qual foi completamente ignorado (não leram nem olharam para ele) e ainda apontaram mal os meus horários de disponibilidade. Perante a situação do exame do sono, novamente ignoraram e desvalorizam a gravidade da situação.
Tudo isto fez-me pensar, que caso um utente esteja internado, a maior preocupação deste centro é informá-lo que perdeu a vaga, em vez de perceber o que pode estar a motivar a falta e o fato desta ser justificada, o que demonstra uma enorme falta de empatia por aqueles de quem cuidam. Além disso, não é o utente que tem de se ajustar à clínica, mas sim a clínica que tem de encontrar a melhor solução para os utentes, nomeadamente, aqueles que tem uma vida ocupada e trabalham por turnos (outra questão completamente desvalorizada pelo centro pois as sessões necessitam de ser sempre à mesma hora, todos os dias estipulados).
Perante estas desvalorizações, a minha mãe pediu-lhes o meu P1 de novo, pelo que foi maltratada, dando a entender que “você não conhece a sua filha”. Posto isto e enquanto futura profissional de saúde, esperava um atendimento que fosse alem da simpatia inicial do primeiro contacto.
Na minha opinião e tendo voto na matéria, quem trabalha na área da saúde deve possuir competências relacionais para um atendimento ao publico efetivo, e das diferentes patologias que podem acometer um paciente. Assim, evitam-se situações de falta de empatia e/ou em que o utente se sinta desvalorizado, maltratado, ou ainda referido como sendo um mentiroso e lhe forneçam informações erradas.
Assim, este centro tem muito a melhorar, começando por se lembrar que cada utente é diferente e, acima de tudo, que os utentes já tem problemas suficientes, pelo que não necessitam de um “profissional de saúde” a criticar a sua integridade enquanto pessoa, quando têm sido sempre simpáticos e compreensivos. Não vale tudo por dinheiro!
Não recomendo este centro, caso o vosso caso seja atípico e trabalhem por turnos.

Carla Alpoim

Tratamentos em série…

Margarida Outeiro